20 de julho de 2012

( Livramento ) Fugindo do touro no matadouro.


Quando eu morava em Macaíba, no conjunto Alfredo Mesquita, tinha uma vizinha por nome de Rozilda; em certa ocasião ela me disse: Elias amanhã Tuchá , meu esposo,  vai para o matadouro público para abater uns bois se você quiser comida para dar a sua cadela é só você ir pegar lá. E eu fui.  Chegando lá, pensei; vou estudar a estrutura daquele portão porque se algum dia eu precisar subir nele eu saberei  a sua altura. Passei a sentir o portão com as mãos usando o tato, e utilizando a bengala, percebi dois canos transversais. Era um portão de canos de ferro que media 6 metros de comprimento dividido em duas partes e tinha dois metros  de altura. Estava aberto apenas uma parte, ao sair, ouvi um grito dos marchantes que estavam na quadra abatendo os ditos bois. Um deles gritou: olhe o touuuuuuro ceguinho, e eu achei  foi graça. Imaginei,  eles estão querendo  ver  eu subindo neste portão.  Tomei a direção da quadra  mais fui surpreendido por um barulho estalador que  parecia o som dos arames sendo esticados por dentro dos grampos e pensei; isto foi um touro que bateu na cerca de arame farpado que tinha ao lado do matadouro,  dei meia volta e, como tinha estudado o portão, subi bem rápido e me sentei na coluna que o sustentava, e na mesma hora gritei: pode vimmm.  Com pouco tempo, dois vaqueiros montados a cavalos passaram em alta velocidade atrás daquele touro na mesma direção que eu vinha. Se eu tivesse continuado eu teria sido atropelado por eles. Aquele animal tinha se soltado no momento do abate, eu agradeci a Deus por ter me dado o instinto de estudar aquele portão. Só desci daquela coluna depois que os vaqueiros voltaram com a noticia que haviam abatido aquele animal. E assim agradeçi a Deus por ter me dado mais um livramento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário