21 de julho de 2012

( Livramento) Peguei um Jacaré.


O que vou contar agora talvez você não acredite. Esta história é  recente. Em uma lagoa que fica na comunidade de Lagoa do Sitio bem perto de minha granja, no mês de março do ano de 2011 no período da semana santa, eu chamei o morador de minha granja para irmos pescar, mas ele não podia entrar na água, pois estava com um ferimento  na perna de um acidente de moto, ele apenas me acompanhou a margem da lagoa, eu coloquei o espinhel de 150 metros com 70 anzóis estendidos ,na profundidade de minha cintura e peguei pequenos peixes para usar como iscas para  pescar traíras, isto foi na quarta feira, na quinta amanheceu algumas fisgadas. Eu deixei o espinhel com mais iscas e na quinta por volta das vinte horas, acompanhado do morador que usava uma lanterna.  




Ao chegarmos perto da lagoa, pois eu ia colocar mais peixinhos de isca, tive um medo, pois de dentro de um mato que estava a margem um jacaré correu para dentro da lagoa, pulando fazendo muito barulho, e eu disse: O que foi isto? O morador disse: Foi um jacaré que estava bem na sua frente, você ia pisando nele, nós saímos um pouco para eu me refazer do medo que sofri, depois de 30 minutos eu entrei para recolocar as iscas, pois já tinha ouvido algum dizer que naquela lagoa tinha jacaré, mais não acreditava. Na noite seguinte o morador preparou um anzol de arame colocou no mesmo local para tentar fisgar o jacaré, mas o jacaré não foi na isca. Voltamos para casa e de vinte e três horas, eu disse para  ele:  Dinho vamos de madrugada pescar traíras. Quando a esposa dele estava fazendo o curativo na perna dele eu estava deitado em uma rede na sala ao adormecer, sonhei pegando um jacaré, e de repente ele bateu na rede dizendo: Olhe o jacaré Elias! Eu acordei assustado e falei que estava sonhando puxando um jacaré, ele falou: Certamente  será o que nos vimos ,ele vai amanhecer  ferrado. Pela madrugada eu chamei-o, ao chegar a um cacimbão que fica na margem direita da lagoa, ele focou com a lanterna e disse: Elias tem um jacaré, lá no meio do espinhel, não vá perto da vala. No escuro dava para ver o reflexo dos olhos do jacaré, eu botei iscas nos anzóis, mas ele mandou que eu voltasse, pois eu já estava perto do bicho. Ao amanhecer o dia o morador falou: O bicho afundou, pois, eu não estou mais vendo. Por volta das  seis horas, eu comecei a enrolar o espinhel em uma garrafa de plástico, peguei algumas traíras. Ao aproximar-me do local onde estava o jacaré comecei a orar e pedir a Jesus que me guardasse daquele bicho. Imaginava que ele poderia estar deitado e eu pisaria nele. Foi quando de repente o jacaré puxou a linha para baixo com muita força, eu segurei e disse: Dinho tem uma traíra muito grande aqui, ou pode ser o jacaré, fui afastando do local e mandei pedir ajuda aos moradores do local, porem ninguém veio nos ajudar. Voltei para o cacimbão, onde eu colocava o espinhel de frente pra uma vegetação aquática flutuante, que media 150 metros de extensão segurando a outra linha para tornar a enrolar a linha. Deparei-me com uma cerca de arame, desmanchei aquela cerca para fazer uma passagem, e para o jacaré não se enrolar nela. Falei: Dinho eu vou puxar a linha e você me orienta para o meio das estacas, para eu não enroscar. E ele assim fez. 








Comecei a recolher a linha puxando um bicho, ate então eu não sabia que era um jacaré, eu suspeitava mais ele ainda não tinha mostrado a sua cabeça. Fui puxando a linha e vinha dando alguns sopapos na linha. Consegui passar da cerca de arame sem que bicho se enroscasse na mesma. De repente o meu pulsar que eu havia perdido no primeiro momento estava sendo arrastado. Quando eu amarrei a ponta que vinha puxando voltei por trás do bicho e achei o pulsar, e disse: Agora eu vou enfrentar a grande traíra, aproximei-me devagar enrolando a linha na garrafa, e cheguei a um metro e disse pra o morador: eu vou levantar agora olhe pra ver si é uma traíra grande ou se é um jacaré, fiz duas tentativa mais o bicho não subiu, eu disse: vou botar toda a minha força ou ele sobe ou a linha vai arrebentar, e assim fiz. Quando ele subiu e Dinho gritou: É um jacaréé. Nós saímos de perto indo para a outra ponta da linha, e eu disse vou puxar prepare um pau. Puxei para a margem e  o bicho vinha dando lapada na agua com o rabo muito irado e o morador alcançou o jacaré batendo nele com um pau. Não fomos culpados foi em legitima defesa, pois ele estava com o anzol ferrado na sua garganta após ter engolido um cará grande que estava naquele anzol.
Considerei isto um livramento, pois eu sendo cego não esperava que um jacaré depois de tanto eu mexer com ele ,ele não me pagasse, depois de morto a carne dele pesou vinte quilos, e media  um metro e meio.

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